DE RORAIMA PARA DISNEY

Ela deixou a vida de funcionária a apostou no sonho de ser empreendedora

DE RORAIMA PARA DISNEY

Ela deixou a vida de funcionária e apostou no sonho de ser empreendedora

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Sempre disposta a lutar por você!

Como filha, mãe e parlamentar, tenho a missão de defender a todos, mas em especial as mulheres.

Políticas públicas para as mulheres estão e sempre estiveram como prioridade de minhas ações. Amamentação, doação de leite materno e prematuridade, foram assuntos que coloquei em pauta e continuarei a lutar por eles. Sou mãe e sei a missão divina dada por Deus para cada uma de nós e por isso, através de uma proposta de emenda à constituição, destinamos uma hora diária na jornada de trabalho para alimentar nosso maior patrimônio que são nossos filhos. Hoje, com todos os desafios de uma mulher que luta por todos, me deixa cada dia mais esperançosa, confiante e com coragem para lutar por estado desenvolvido e com oportunidades para todos.

Juntas nós fazemos a diferença!

DE RORAIMA PARA DISNEY

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e tem algo que é perceptível, quando se encontra um empreendedor, é o brilho nos olhos ao falar de novos desafios, dos percalços e de sonhos concretizados. Essa é a percepção que se tem ao se deparar com Marcela Botinelly, de 39 anos, dona de duas escolas de idiomas, uma agência de viagens e responsável pela área estratégica de uma empresa do ramo alimentício.

O brilho e o prazer de falar de seus negócios atuais são iguais de quando relembra como decidiu assumir, com apenas 23 anos de idade, uma empresa com muitas dívidas e pouco retorno financeiro. Hoje, 16 anos depois, ela comemora aquela decisão.

“Quando me ofereci para comprar a Yazigi, onde eu já era professora, estava insatisfeita, e me questionava sobre o que deveria fazer para ter o meu próprio negócio e trabalhar com os sonhos das pessoas”, conta.

Ela lembra, que naquela época, estava cursando Administração, ajudava a vender os bombons que a mãe produzia e trabalhava também como professora na rede pública municipal. “Aquela experiência [no serviço público] me mostrou o que não queria para minha vida. Foi muito importante”.

Na época, descobriu que o antigo dono da escola estava vendendo a empresa. “Eu me empolguei, mas eu não tinha dinheiro”, fala em risos. Mas decidiu arriscar. “Eu via potencial na escola e queria comprar. E quando o antigo chefe me perguntou quanto eu tinha, fui sincera: não tenho dinheiro, mas se me der um prazo para pagamento, assumo essa responsabilidade”, apostou.

Dias depois recebeu a proposta para assumir a empresa e pagar o valor da compra em parcelas semestrais, por dois anos. “Fui para ponta do lápis para calcular quanto precisaria por mês, por bimestre, para quitar aquela dívida. Eu identifiquei onde era o gargalo da escola, e depois disso sabia o que tinha que ser feito. Aceitei o desafio, mas continuei dando aulas na rede pública por mais um ano, porque eu adquiri um passivo, só tinha dívida, e tinha que ter um ativo de algum lugar”, conta.

Primeira escola yazigi 100% kids do Brasil

Com a escola já estabilizada três anos depois, Marcela teve uma ideia e passou para a franquia Yazigi. Uma escola 100% kids. Na época não havia nenhuma unidade no país e a empreendedora inaugurou a primeira unidade do Brasil aqui em Roraima. Hoje já existe em vários outros lugares a ideia plantada por essa roraimense. A unidade atende apenas crianças e os professores são selecionados com o perfil que se encaixe no projeto criado por ela e abraçado pela franquia.

De bombom caseiro ao sabor da Amazônia

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ntes mesmo das escolas de idiomas, a empreendedora tinha sociedade com a mãe, Rita Botinelly, quando ainda era universitária, e a venda dos bombons ajudava a pagar sua faculdade. “Quando estava fazendo faculdade, vendia Romanel, e outros produtos, para ajudar a pagar o curso. Quando minha mãe começou a fazer bombons eu ajudava, levando para vender na faculdade. Aquilo ali me ajudou, tinha meses que pagava a minha mensalidade só com a venda dos bombons”, lembra.

Durante os primeiros anos, ela se dedicava apenas a escola e a mãe, à Chocobom. “Mas chegou uma época que, como ela trabalhava o dia inteiro, não conseguia acompanhar todo dia como estava o funcionamento. E aí começou ser um problema isso. Foi quando ela pensou em fechar a loja”.

Ao saber dessa decisão, nao queria permitir que se desfizesse da empresa que ela criou do zero. “Pedi pra minha mãe que emprestasse a empresa por um tempo. Daqui uns anos vai se aposentar, o que vai fazer? Me empreste as dívidas também, me dê a empresa do jeito que está, e eu te devolvo daqui a uns anos”, foi assim que convenceu dona Rita a continuar com a Chocobom.

Desde então, Marcela passou a ser o “cérebro estratégico” da empresa e toda vez que precisou se reposicionar no mercado, estudava uma nova saída para investir.

“Formatei a empresa, fiz ajustes, e decidi tirar os produtos que não estavam ajudando. Algum tempo depois vários concorrentes de grande chegaram em Roraima e mais uma vez, voltei a analisar toda a situação e descobri meu ponto forte: meus produtos regionais. Foi a hora de inaugurar a loja focada em produtos com a força do cupuaçu, da castanha, do buriti, do açaí”, comemora.

Depois da aposentadoria de dona Rita, ela voltou a cuidar da empresa, e Marcela continua na área estratégica. “Minha mãe é o capital intelectual da Chocobom, ela cria os produtos, eu precisava dela lá para criar os produtos”, explica.

A novidade deste ano é que a empresa passará a oferecer seus produtos em um hiper supermercado da cidade, que funciona até às 23h.

“A ideia é oferecer aos nossos clientes uma possibilidade de adquirir os produtos, com a mesma qualidade, em um local com bastante rotatividade e que funciona após o nosso horário de fechamento da loja. Se alguém vai pegar um voo na madrugada e quer levar os nossos bombons, de frutos regionais, terá essa opção”, comemora.

De professora da rede estadual para certificada Disney

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m 2014, os serviços de viagens começaram a partir da oportunidade que Marcela vislumbrou para oferecer aos alunos da escola de idiomas uma experiência única para praticar o inglês. O objetivo era proporcionar ao seu público um atendimento diferenciado com algo que ela considera “mágico e encantador”.

Depois de um tempo levando os alunos da Yazigi para Disney, mais uma vez Marcela identificou um nicho de mercado para Roraima. “Eu posso levar mulheres, que querem passear, comprar, principalmente. Foi quando colocamos outro serviço na nossa prateleira da agência: a Black Friday e deu certo”, conta.

Ela se tornou a primeira agenciadora de Roraima a ser certificada como especialista para assessorar grupos de brasileiros que desejam se divertir nos parques da Disney e Universal, em Orlando, nos EUA. O fato de ser especializada garante aos viajantes mais segurança. “É importante ser bem assessorado quando se vai para Disney, porque essa é uma viagem que não se trata apenas de comprar passagens e ingressos, precisa de planejamento e informações seguras para não transformar o tão aguardado sonho em pesadelo”, comenta. Entre outras funções, o especialista oferece e orienta aos clientes hospedagem nos hotéis do complexo Disney. “Quando está hospedado em um hotel Disney, tem alguns benefícios que um visitante não tem. A atração principal do parque, por exemplo, quando abre já tem uma fila gigante para entrar. Mas quem é hóspede Disney pode chegar meia hora e já usufruir dessa atração”.

Além da Disney, a empresária já tinha em sua prateleira os serviços de viagens em grupo, como o Black Friday, as férias em Dubai, e agora se prepara para lançar pacotes para Califórnia e o Egito. A novidade este ano é que o grupo de viagem Black Friday será em Nova York e uma unidade da agência foi inaugurada em Manaus, em fevereiro.

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